segunda-feira, 4 de agosto de 2008

A Metáfora da Planta... (O Desenvolvimento)

Há uma planta lá em casa que se apresenta a mim por uma característica peculiar. Ela está num vaso cujo diâmetro é de aproximadamente trinta centímetros. Eu tive a oportunidade de contemplar a vasta natureza através de um vaso. A natureza é sábia! Esta planta tem sete folhas bonitas de quinze centímetros de comprimento cada, cilíndricas, as quais buscam espaço para se desenvolverem. Quando uma nova folha nasce, outra morre, como se a própria planta, ou a natureza justa e friamente, estabelecesse esta ordem para sua sobrevivência. Porém, depende de nós oferecermos melhores condições para que esta planta se desenvolva. Eu achava inicialmente que se suas raízes se estendessem demais dentro daquele pequeno vaso, far-se-ia necessário replantá-la num espaço maior, com mais terra... . Mas, a natureza estabelece normas as quais se deve “simplesmente” seguir, sem questionamentos; não há respostas, há apenas sentido de ser.

Pode até parecer às vezes que não, mas existem condições propícias para lutar e condições justas para vencer. Assim, uma luta se trava enquanto se há chances precisas para se ganhar, podendo estas chances serem reais, ainda que pequenas, ou fictícias. Em função destes embates, projetamos obstáculos que, por muitas vezes, os tornamos tão grandes para justificar a perda de uma batalha, que chegam até a convencer; e mesmo não sendo reais, cumprem o propósito de forçar uma derrota; se não a derrota, o sentimento de perda, a frustração, o cansaço. Aí, começa-se outra batalha com um sentimento de derrota, mais terrível que a derrota em si, porque o mais horrendo é o espírito de prostração, não a derrota, que deixa um sentimento de revanche.

Quais as chances reais então?
Ou é melhor simplesmente ignorar a realidade?
Depende somente do caminho visualizado para se desenvolver?

Consoante a esta visão, depende ainda da atitude para se provocar um desenvolvimento. E não se deve esquecer que mesmo estando no caminho certo, se ficar sentado será atropelado. Ou seja, tem que haver movimento, mudança, renovação.

A plantinha achou seu meio de se renovar dentro do seu espaço. Nem sempre podemos visualizar o derredor, mas podemos senti-lo, e segundo o que se propuser no coração, desenvolver-se. Muitos crêem de fato que vão perder quando uma fé negativa persuade num mundo que não conseguimos ver. Aquela planta não morria, perdia pedaços, não espaço, para continuar viva e se desenvolver. As chances reais e fictícias podem tomar forma, mas neste sentido, não só é necessário visualizar o caminho, o território em si, mas senti-lo, para depois então percorrer o seu caminho e desenvolver-se, sem recuar.

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