sábado, 30 de agosto de 2008

O Sofrimento (Parte do Livro "As Vertentes do Sofrimento" de Sesinando F.)

"Frente ao mal, veja Deus! Quebrante-se, inspire-se!"

Deus trata cada um conforme sua maneira de viver (Jeremias 17.10), pois quem perscruta o intimo, conhece as intenções, prevê ações e reações, e sabe se relacionar de forma pessoal com o ser humano.

1) Um dos motivos do sofrimento: Deus nos ensina através das lutas, modelando e aperfeiçoando nosso caráter, para assim darmos valor a coisas que antes não dávamos; ou mesmo deixarmos de dar tanto valor a outros itens. Além de nos fortalecer, nos preparar para as inevitáveis intempéries da vida.

Contudo, não é a realidade em si que determina o comportamento, mas sim a sua percepção da realidade e disposição para enfrenta-la.

2) Uma outra perspectiva do sofrimento diz respeito às reações ou adversidades segundo as próprias ações do homem. Sabemos que se colhem frutos amargos hoje porque foram plantadas sementes ruins no passado (Gálatas 6.7). Assim, fazendo referencia ao livro de João, apreendemos um outro princípio: “não pequemos mais, para que não se suceda algo pior” (João 5.14). O ser humano sofre conseqüências de maus atos, é fato.

3) Além de tudo, há um propósito que faz com que se sofra: o caráter necessita de angariar experiências para auxiliar ou orientar pessoas que venham também a passar por infortúnios, até mesmo semelhantes. Por meio de experiências vivenciadas e de um aprendizado adquirido, haverá a oportunidade de testemunhar e aconselhar em função de situações adversas pelas quais passou antes.

4) Uma vertente do sofrimento que não se deve ignorar: A necessidade consciente de um salvador espiritual e físico é expressa no primeiro princípio para se estabelecer um relacionamento entre criatura e Criador: “Bem-aventurados os pobres de espírito, porque deles é o reino dos céus (Mateus 5.3)”. A 2ª carta aos Coríntios nos exorta a confiarmos em Deus, pois nós quebramos fácil, assim como potes de barro, ou seja, o ser humano não é fonte de poder (II Coríntios 4.7). Esta, na verdade, é uma das preocupações de Deus para que o homem não caia, e uma das formas do mal fortalecer-se no coração daqueles que desviam sua atenção de Deus. O fato universal é que quando o homem se ausenta do seu criador, se vincula ao mal, sujeito às suas regras e conseqüências.

5) Outro ponto crucial pelo qual se origina o sofrimento encontra-se no 39º salmo e no livro de Tiago, capítulo 3: A palavra do homem funciona como um propulsor. Não só as palavras ditas, mas também as não ditas. “Disse eu: guardarei os meus caminhos para não pecar com a minha língua; guardarei a minha boca com uma mordaça, enquanto o ímpio estiver diante de mim. Com silêncio fiquei qual um mudo; calava-me mesmo acerca do bem; mas a minha dor se agravou” (Salmos 39.1-2). E “todos tropeçamos em muitas coisas. Se alguém não tropeça em palavra, esse é homem perfeito, e capaz de refrear também todo o corpo” (Tiago 3.2).

(Oportunamente postarei neste blogger outros assuntos ligados aos propósitos do sofrimento!)

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