sábado, 10 de outubro de 2009

Enxergando o Infinito

(Série "Um Ponto no Infinito" de Sesinando F.)

É notório o fato de que muitas pessoas tentam estabelecer uma relação com as divindades através de rituais e tradições. Porém, quando este relacionamento requer um coração quebrantado permeado por atitudes em conformidade com circunstâncias específicas, esta relação pessoal do homem com Deus tende a distanciar-se. A única forma do homem destituído do favor divino se religar ao Reino de Deus é através de Jesus Cristo, a "religare" divina. Mas como compreender isso sem o peso de doutrinas religiosas?
O livro de I Samuel, no capítulo 17, relata a vitória de um homem, Davi, que representava um povo, Israel. Davi venceu todos os filisteus, representados por Golias. Cada Israelita venceu juntamente com Davi.

Esta história faz uma analogia entre o processo da vitória de Davi e da vitória de Cristo.
Quem te representa?
Cristo conquistou o que ninguém pode. “Onde está, ó morte, a tua vitória? Onde está, ó morte, o teu aguilhão?” (1 Coríntios 15:55); “O aguilhão (o incentivo) da morte é o pecado, e a força do pecado é a lei.” (1 Coríntios 15:56). O pecado, as falhas que criam separação entre o homem e Deus e as regras para se estabelecer este relacionamento foram derribadas; “o último inimigo que será destruído é a morte” (1 (oríntios 15:26). O aguilhão ou o estímulo, a incitação a falha humana fora configurado por um inimigo horrendo: A MORTE. Como "matá-la"?
”E disse: — O que está escrito é que o Messias tinha de sofrer e no terceiro dia ressuscitar” (Lucas 24:46); “porém Deus ressuscitou Jesus no terceiro dia... (Atos 10:40). Jesus matou a MORTE. Ele formalizou o relacionamento entre Deus e o homem.

É difícil para as pessoas vislumbrarem o sobrenatural, pois para visualizar o mundo espiritual deve se relacionar com os cicerones desta nova dimensão; e para se relacionar com o sobrenatural o homem tem que ser aceito no meio, falar a mesma “linguagem”, ter a vida com condições mínimas para estabelecer e firmar o relacionamento no que tange a fidelidades... ; neste tipo de relação, no qual liga o homem ao divino, aquele que é fiel, possui fé. Proveniente do latim, a palavra Fidelis (fidelidade) originou, semanticamente, o termo fé. É uma regra espiritual! “Sem fé é impossível agradar a Deus; porque é necessário que aquele que se aproxima de Deus creia que Ele existe.” (Hebreus 11.6).

Para se relacionar com o espiritual, é necessário se esforçar para agradar, canalizar temperamentos, ter um caráter concernente, hábitos condizentes; deixar nascer e transparecer as empatias. É como se fosse o nascimento e construção de uma amizade, uma relação comum entre pessoas; o relacionamento é fruto de empatias e de algumas condições para convívio. Na verdade, mesmo alguém com atributos excepcionais (porém, humilde) não aceitaria o outro somente por esperar total aprovação, ou pela expectativa da perfeição.
Por outro lado, é difícil se relacionar com alguém vislumbrando-o tão perfeito, consciente das próprias imperfeições e com o fardo das normas e tradições impostas para ser aceito. Esta relação pode se tornar sufocante, não é mesmo?
Ou nem nascer.
Por isso é necessário que Cristo justifique, medie, canalize e estabeleça este relacionamento entre o humano e o divino, traduzindo esta linguagem... .
Uma relação não se firma quando somente um dá os créditos de confiança. Deve se receber também este crédito; sentir que faz falta, assim como se sente a falta do outro. E se Deus quer se relacionar com o homem, é evidente que você faz falta no Seu universo!

Mas o homem tentou trazer para o mundo material as coisas espirituais, de forma a poder visualizar com os olhos humanos e tocar com as próprias mãos o divino; humanizar a divindade!
Contudo, a confiança se concretiza além do que os olhos podem visualizar... .

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