sábado, 17 de outubro de 2009

Você quer Poder?

Nesta manhã chuvosa de sábado, como se fosse mais um dia comum, sem surpresas ou agravos, minha esposa resolveu ir ao mercado, imaginando não encontrar grandes movimentos. Vivemos um tempo mal no qual enxergamos inimigos reais ou, motivados pelos sensacionalismos, imaginários. Um carro parou próximo; um homem abaixou o vidro e disse em tom suave que havia parado ali por causa dela. Sem titubear, minha esposa apertou o passo e sem olhar para trás entrou numa viela cujo portão estava entreaberto. Quando ela me contou isso eu reconheci, logicamente, o livramento de Deus, mas imediatamente refleti sobre mim. Descobri algo mais: não queria ter poder. Entendi que tal pensamento faz parte do processo de transformação e libertação pelo qual Deus molda o ser humano, pois o pecado original é revelado no coração daquele que deseja manifestar juízos. O mal sugestiona que é coerente desejar poder: “...e os seus olhos se abrirão, e vocês serão como Deus, conhecendo o bem e o mal” (Gênesis 3.4).

Se você reconhece que somente Deus pode visualizar plenamente as circunstâncias, perscrutar os propósitos e não almeja ter poder em si mesmo para dar bastas, significa que, pelo menos, você está liberto do pecado original ou da influência que desembocou na separação original entre Deus e o homem. Ou seja, é um excelente estágio para se vincular intimamente ao próprio Deus.

Quanto mal seria provocado se alguém tivesse autoridade para determinar ou estabelecer juízos!

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