sábado, 7 de novembro de 2009

O que É a Morte?

"Frente ao inevitável,
compreenda o que faz parte da obra Divina!
E vá até o fim. Inspire a viver!"

(Parte do Livro "As Vertentes do Sofrimento" de Sesinando F.)

A Teologia fala sobre dois tipos de morte:
- a morte física ou ausência plena do fôlego de vida
- a morte espiritual ou ausência da presença divina. No sentido espiritual, morte é estar separado de Deus (Mateus 13.49-50; 25.41; Lucas 16.26), e a segunda morte é estar separado de Deus para sempre (Apocalípse 20.6,14).

No Novo Testamento (após o nascimento de Cristo) há uma incidência de textos conclusivos sobre a morte espiritual, diferentemente do Antigo Testamento que apenas aborda a morte física. Assim, o Novo Testamento abrange a história da vida, morte e ressurreição de Jesus Cristo; enfim, nos conta que através Dele todas as pessoas têm a oportunidade de viver eternamente nos céus.

Nos livros bíblicos constantes no Antigo Testamento, os israelitas, depois de viverem uma vida longa, plena com muitos filhos, aceitavam a morte como um fim natural. Uma morte prematura era vista como o resultado do julgamento Divino sobre aqueles que eram desobedientes a Ele. Paradoxalmente, a morte geralmente nunca era vista como um limiar para uma vida melhor no céu. Esta afirmativa é confirmada no momento que Deus deu a lei para Moisés e para o povo, cujo juízo Divino, em decorrência de desobediências, implicaria na morte física. Portanto, a morte era vista pelo israelita normalmente como um mau resultado de seu pecado e desobediência. Em suma, a morte significa também, pelo menos no primeiro momento, o fim da vida natural, que resultou da queda em pecado (Gênesis 2.17; Romanos 5.12).
Mais tarde, essa idéia um tanto obscura sobre a morte sofreu mudanças. O livro de Daniel implementa a primeira referência sobre uma provável ressurreição dos mortos, profetizando que "muitos dos que dormem no pó da terra ressuscitarão, uns para a vida eterna, e outros para vergonha e horror eterno"(Daniel 12;2).

Por causa do pecado, o homem fez oposição a Deus. Essa separação trouxe a morte tanto física como espiritual ao mundo. O apóstolo Paulo escreve "todos pecaram e carecem da glória de Deus" (Romanos 3:23), “pois o salário do pecado é a morte... .” (Romanos 6:23). Pecado é delito, transgressão, culpabilidade, enfim, o que traduz a falibilidade da natureza humana oposta a natureza santa de Deus.

Quando o Novo Testamento fala sobre morte, está tratando de se viver uma vida ausente de Deus. O fato é que sem a presença de Deus se vive com medo da morte e sem a representatividade de Cristo se está espiritualmente morto. O livro de Hebreus relata que há um ser no universo que manifesta através de todas as suas vertentes a plenitude da maldade; esta oposição plena a Deus, denominada de Diabo, governa o mundo material, e é conhecido também como o senhor da morte (Hebreus 2.14). Assim, confrontado como uma “personificação” horrenda do mal, é fácil para o homem pensar na morte como um poder demoníaco que governava o mundo. Porém, Cristo "matou" a morte, ato este consubstanciado através de sua ressurreição. Pedro descreve como Jesus desceu ao Hades (lugar da morte) para conquistá-lo. (I Pedro 3: 18-19). Portanto, a morte e ressurreição de Cristo proporcionam às pessoas a oportunidade de restaurar sua comunhão com Deus.

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