
Deus criou o ser humano não como uma máquina; o fez com sentimentos, vontade, raciocínio, poder de decisão... imputou-lhe consciência, espírito. “...formou o Senhor Deus ao homem do pó da terra e lhe soprou nas narinas o fôlego de vida (seu espírito), e o homem passou a ser alma vivente” (Gênesis 2.7), pois “criou Deus, o homem à sua imagem, à imagem de Deus o criou... .E Deus os abençoou e lhes disse: ...sujeitai-a; dominai...” (Gênesis 1.27,28).
Mediante a esta reflexão, eu deduzo que é principalmente devido à confrontação e construção de seu caráter (potencialmente bom, pois reflete a imagem de Deus) que o ser humano sofre. E no mais, todo o raciocínio ligado à vida fundamentaliza uma questão existencial no universo: tudo que existe deve ter o seu contrário correspondente; assim, se existe a água, existe o fogo; se existe o bem, existe o mal... . E ainda, o ser humano requer sua auto-afirmação e aquisição, manutenção e proteção do seu espaço vital.
Em suma, o Criador que fez o homem e deu-lhe o espírito (ou seja, consciência) quer receber a adoração devida e verdadeira, que é fruto de reconhecimento de quem Deus é de fato. E para tal adoração ser plena, ela deve ser também conseqüência de fidelidade, “célula mater” de qualquer relacionamento. “Deus é espírito; e importa que os seus adoradores o adorem em espírito e em verdade” (João 5.24). Assim, existe uma impossibilidade divinal, não por incapacidade, mas para dar sentido a vida: DEUS NÃO DETERMINA O CARÁTER DE NINGUÉM.
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