quarta-feira, 3 de novembro de 2010

Contra-Sensos da Minha Vida

Um contra-senso é um paradoxo; ou seja, um fato que deveria seguir um padrão, um modelo, e meio sem justificativas ou explicações humanas, ocorre.

Eu, nesta manhã, fiquei refletindo sobre a minha via. Não sei ainda ao certo se apenas manifesto paradoxos, ou se sou, em resumo, fruto de um. Talvez sejam ambas as coisas.

Depois de 12 abortos eu nasci; meu pai tinha sífilis (doença que poderia fazer com que um feto fosse gerado com alguma deficiência física), porém, fui gerado com saúde perfeita. Conforme passava o tempo, eu percebi que simples escolhas minhas e alguns acontecimentos tendiam para algum tipo de contra-senso: torcia para o oponente em menos evidência, o menos popular. Vi tantas vezes o mais fraco vencer; eu vi, inclusive, David derrubar Golias; isso mesmo, eu vi! Qualquer um pode vê-lo. O tempo não tem autoridade para impedir alguém de vislumbrar a história. Só Deus tem. Ah, e eis aí outro paradoxo: Se alguém vislumbra um fato histórico independente do espaço de tempo, manifesta um paradoxo.
Considero oportuno relatar um paradoxo itinerante que ocorre em mim: no DNA dos meus ascendentes por parte de mãe consta um código genético o qual determina uma disfunção cerebelar progressiva e irreversível que deveria influenciar as mulheres; não obstante este parecer científico, eu apresento atualmente uma disfunção cerebelar, e como os paradoxos em mina existência são praticamente inevitáveis, para este contra-senso fazer sentido, EU POSSO AFIRMAR QUE VOU SER CURADO.

Para encerrar, eu quero reiterar mais um contra-senso, o qual faz parte deste quebra-cabeças denominado vida: eu me formei; sou economista. Na minha família todos sequer têm o 1º grau completo. Eu tinha por volta de dezessete anos quando tive uma visão: alguém muito alto, cuja aparência não conseguia definir, me levou por vários lugares em ruínas; em um desses lugares me disse que eu não deveria me preocupar com aquilo que eu estava vendo, pois quando tudo isso acontecesse ele viria me buscar. Ah, mais um paradoxo! Eu sentia tremenda paz, mesmo diante de um ambiente tenebroso. Aquele ser, eu tinha certeza, era divino!
Passaram-se alguns dias e eu tive outra visão: uma divindade, quem sabe a mesma, me disse que eu deveria ser economista, porque se eu não fosse, não seria “ninguém”.Palavra dura, mas foi o que eu exatamente precisava ouvir; serviu de incentivo! O contra-senso é que, apesar de ser concedida a mim a visão de um fim, Deus orientou-me a cursar durante cinco anos um curso universitário. Ainda que o fim de que Deus estivesse se referindo fosse só uma metáfora (o que eu acho que não é), o maior propósito divino consiste em fazer com que o ser humano não acumule expectativas concernentes a esta Terra.

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