 Tomo mais cuidado com os amigos porque meus inimigos não estão próximos.
Tomo mais cuidado com os amigos porque meus inimigos não estão próximos.Na minha vida constatei com pesar que as pessoas que mais me decepcionaram foram os amigos e os homens de bem. Não aqueles dissimulados, mas pessoas com boa intenção.
Homens íntegros e sábios, Mário e Luiz eram grandes amigos. Confabulavam e meditavam sobre uma questão que tanto conturbou o ânimo de Jó, talvez até mais do que a realidade funesta em que Jó se encontrava - SEUS MAIORES AMIGOS, OS QUAIS VIERAM PARA CONSOLÁ-LO (CONFORME RELETADO EM JÓ 2.11), O ATORMENTAVAM (acendendo, inclusive, a ira divina, vIde Jó 42.7). De fato a dor física, moral, a perda de filhos e de riqueza são gravíssimos atenuantes para configurar a derrota de alguém. Estes problemas foram ainda mais enfatizados já que os amigos de Jó revelaram-se terríveis acusadores ao darem, unanimemente, um parecer errôneo e simplório: "tu sofres Jó, simplesm,ente porque pecou e pecas gravemente".
Mário então adoecera. Começara a manifestar uma síndrome a qual progressivamente comprometia seus movimentos, sua coordenação motora. Luiz, teólogo e líder de uma comunidade evangélica, se sentiu na obrigação de emitir seu parecer. Não seria inteligente e nem coerente afirmar, generalizando, que o homem sofre simplesmente porque peca ou pecou. Consoante a uma visão atual, Luiz olha o doente e diz enfaticamente: "ESTÁ COM DEMÔNIO!". E ora com fervor e veemência para que o espírito imundo se retire, porém, como naquele corpo não residia potestade malígna alguma, a oração passou a não ter propósito e sentiido. Aí, a culpa passou a ser do adoentado, e Luiz diz: "É! ELE NÃO TEM FÉ"!
Passou-se um tempo. Mário e Luiz não se viam fazia quase um ano por circunstâncias da vida, nada mais que isso. A doença de Mário já se encontrava em estado avançado (segundo o que determinava seus genes) qusndo voltaram a se falar. Ressalta-se que os dois buscavam com a mesma intensidade a Deus, contudo, sem questionar Seus desígnios; afinal, criam sinceramente que em tudo há um propósito. Luiz, contemplando seu amigo, finalmente chegou a uma conclusão: "MÁRIO, VOCÊ ESTÁ ASSIM PORQUE SIMPLESMENTE NÃO BUSCA A DEUS O SUFICIENTE."
Ah! E paradoxalmente, os dois continuavam a tocar suas vidas como antes, sem permitir que a fé perdesse suas forças.
 
 
 


 


 


 

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